Em Camaçari, governada pelo PT, a transição de governo começou há mais de 15 dias, quando o prefeito Ademar Delgado recebeu o prefeito eleito, Elinaldo Araújo (DEM). Antes da reunião, no dia 4, o prefeito havia publicado decreto instalando a comissão de transição desde o dia 25 de outubro. Em Candeias, na segunda-feira, 21, o prefeito Sargento Francisco reuniu-se com o prefeito eleito Pitágoras Alves Ibiapina, o Doutor Pitágoras (PP), e abriu a prefeitura para receber a comissão de transição. Sargento Francisco explicou que a intenção é dar todas as condições para que o prefeito eleito tenha informações para iniciar sua gestão da melhor forma possível. Em Lauro de Freitas, o prefeito Márcio Paiva (PP) e a eleita Moema Gramacho já conversaram e definiram o início do trabalho da equipe de transição
Em Ilhéus, o prefeito Jabes Ribeiro deu um ar solene à instituição da comissão, em ato no Palácio do Paranaguá e disse que o processo de transição já havia sido iniciado e que ele e o prefeito eleito já conversaram várias vezes. “Este decreto constitui um ato de democracia, pela soberania popular, de vontade dos ilheenses. As conversas sobre essa questão, já foram iniciadas e realizadas com o prefeito eleito, Mário Alexandre (PSD), algumas vezes. Estamos trabalhando para que a transmissão aconteça da melhor maneira possível”, destacou Jabes. Até em Mutuípe, onde o PT administrava desde 2000, o prefeito já recebeu o sucessor e tratou da transição.
Em Vitória da Conquista a transição só começará mesmo em 1º de dezembro. O prefeito eleito solicitou que fosse antecipada, insistiu, dizendo “temer descontinuidade nos serviços essenciais da prefeitura”, mas o prefeito no cargo não aceitou começar antes. No início desta semana a equipe de Herzem Gusmão negociava com a Caixa a cessão de um espaço para os trabalhos da transição. Guilherme Menezes também não definiu um espaço interno da prefeitura para a comissão. Embora esta não seja uma obrigação, é uma prática adotada pela maioria dos gestores que estão deixando o cargo. Sequer uma conversa entre os dois ocorreu. Aliás, Guilherme e Herzem só têm contato nos últimos anos por meio de advogados, em ações na Justiça.
O prefeito disse, em entrevista ao BLOG, que aceitaria conversar com o eleito, porém, desde que procurado, o que não ocorreu, numa demonstração de que são dois turrões, pois Herzem, que se prega democrático e aberto ao diálogo não fez nenhuma menção de procurar Guilherme. Este diz que vai fazer a transmissão do cargo, pessoalmente, mas tem gente duvidando. Vai depender do que Herzem disser durante a transição. Pelo que ele já disse – ao reclamar de uma licitação de lixo e ao considerar que o atual governo não tem mais legitimidade para negociar o contrato do Município com a Emasa – o BLOG acha difícil Guilherme Menezes prestigiar a posse de Herzem Gusmão. Mas não é impossível. Tomara ocorra.
