
Finalmente, parece que o prefeito de Salvador, ACM Neto, vai confirmar o que já vinha sinalizando há semanas: que não deve ser candidato ao governo do estado. Daqui a pouco Neto deve anunciar isso em discurso no evento de inauguração da comunidade Guerreira Zeferina, antiga Cidade de Plástico, em Salvador.
Ontem à noite o prefeito da capital ouviu os pais e fez os cálculos dos riscos de uma disputa com o governador Rui Costa (PT), que vem sendo apontado como muito forte para a reeleição, até favorito, para alguns. Entre os motivos que pesaram para que Neto optasse por não ser candidato, estariam a recusa do deputado federal Lúcio Vieira Lima em sair do MDB (a presença dele poderia dar força ao discurso da oposição de que ACM Neto teria ligações íntimas com ele e o irmão Geddel, preso pela Lava Jato) e a decisão do PR de marchar com Rui Costa em troca de mais espaço no governo.
Neto e o DEM teriam oferecido a vice ao PR (também teria oferecido uma vaga ao Senado), mas a opção dos republicanos teria sido mesmo manter a aliança com o PT na Bahia. Na falta do PR, ACM teria optado por ficar na prefeitura de Salvador. Mas, os aliados – como o prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão – não desistiram e ainda esperam que Neto contrarie as informações até agora obtidas e decida ser candidato, nem que seja a senador. Nessa gangorra de indefinição é esperar o anúncio oficial.
ACMN só pensou nele. Essa atitude egoísta deverá custar caro em perda de credibilidade e de liderança. Ao arregar aos 45 do segundo tempo, desorganizou toda a oposição.